sexta-feira, 29 de abril de 2011

"MEDITAR PARA CORRER - Atletas profissionais e amadores treinam a mente por meio da meditação para enfrentar desafios" Revista PULSO, 2 de Abril de 2011/Ano 2/Nº 2

EDITORIAL - Iúri Totti - pg. 3

           O ano de 2008 foi um divisor de águas na minha carreira amadora de corredor de rua. Foi há três anos que comecei a encarar  essa saudável atividade com maior seriedade. Na preparação para a meia que faz parte da Maratona do Rio, pela primeira vez tive uma orientação profissional e isso fez uma diferença incrível. Nas duas provas de 21km que fiz antes, nas edições de 2006 e 2007 da Meia Internacional do Rio, sem técnico, terminei aos trancos e barrancos, com o corpo travando uma intensa briga coma a cabeça. E isso sempre acontecia por volta do km16. As pernas queriam continuar correndo, mas a mente pedia para parar. Era com aquela imagem de desenho animado em que de um lado tem um anjinho e, do outro, um diabinho(...)
A meditação pode ser uma ferramenta importante para os corredores e caminhantes.


POR DENTRO DA MENTE - pg. 5

           (...)

           E o que acontece com o cérebro durante a meditação? O psicólogo e mestre em Neurociência pela Universidade de São Paulo (USP), Leonardo Mascaro, explica que a meditação produz uma configuração de ondas elétricas, com redução dos sinais de ondas betas e aumentos do binômio alpha e theta. É um estado de consciência, com integração hamônica entre as cerebrais, criando condições para que a pessoa tenha clareza mental e possa arrumar seu sotão emocional.

             - Com uma prática sistemática, a meditação pode levar a uma maior organização da estrutura emocional, liberando gargalos internos e potências latentes. Há uma maior integração  entre as diferentes estruturas corticais. O treinamento todo é para a pessoa funcionar em estado meditativo no cotidiano - afirma Mascaro, autor do livro "A arquitetura do eu - Psicoterapia, meditação e exercícios para o cérebro".- Todas as ondas cerebrais são importantes, é preciso funcionar como uma orquestra. O que se percebe num desequilíbrio, é uma produção elevada de beta, que é o lado racional. As pessoas estão mais desconectadas de si mesmas, com uma auto-imagem que funciona como um programa rodando no hardware de seus cérebros.